17
abril
2012

Coisa esquisita esse nome “morte”.  Nos últimos meses ela tem me rodeado noite e dia, desde que perdi meu amor mais precioso, Cindy, minha labradora querida.

Desde então, não consigo assimilar esse negócio direito. Já perdi outros entes queridos, amigos e familiares, meu pai inclusive. Quer “bem” mais precioso que este? Foi muito triste na época, senti a dor da perda e demorei muitos anos para superar. Mas na época, eu ainda era menina. A vida foi passando e fui remando conforme a maré me levava. Agora, já mais velha e mais consciente, parece que esse mistério ficou cada dia mais presente e mais difícil de entender. Como assim morreu?? Foi pra onde? Estava aqui e agora não está mais? Isso tem me dado um nó na cabeça!

Essa semana perdi meu ex-cunhado. Um cara simples, que tirava sarro da vida. Vivia cantando, adorava dançar e de falar abobrinha! Ahh Gutão, você era muito engraçado! Não podia ter ido embora assim..

Fazia muito tempo que não nos víamos. Mas eu gostava muito dele. A sua morte me assustou e me entristeceu muito. Ele era um cara especial. E por eu ainda estar sensibilizada com a sua partida, é que precisei desabafar um pouquinho, pelo menos aqui alguém me escuta. É, alguém! É estranho dizer isso, mas a minha vida é muito mais esquisita do que parece. Nessas horas o luto é muito triste para quem mora longe. Não temos com quem chorar, dividir a dor da perda. Meu marido nem chegou a conhecê-lo, mas percebe a minha tristeza e tenta me confortar como pode. O que mais me assusta é que essa “talzinha” vem assim, de repente! Nos últimos meses eu não sei se tenho vivido mais a vida ou a morte!  Cada dia é um que vai embora… Não tá dando nem para respirar, tomar um ar fresco…

O que nos faz seguir em frente e ter forças para continuar? Família e amigos claro. Mas a família está longe e meus amigos queridos estão espalhados pelo mundo. E eu, estou aqui, sem referências, sem raízes. Na hora do luto vou chorar no ombro de quem??? No do vizinho? Ou quem sabe da vizinha? Nessas horas, nada conforta. Aqui em Houston (sim estou em Houston agora, EUA), me sinto mais em casa, tenho amigos mais íntimos por perto. Mesmo assim, quando venho pra cá,  os visitamos para matar as saudades, recarregar as energias e se possível não falar de coisas tristes. Então o jeito é chorar sozinha mesmo…

Desaguada a tristeza, enxugo as lágrimas, respiro fundo e sigo em frente. Sinceramente, não entendo esse negócio de morte não!!!

 

 

2 respostas a A árvore da vida

  1. walker disse:

    nossa quanta coisa bacana deve ser um lugar muito bom de conhecer…

  2. walker disse:

    desculpa não tinha visto a publicação sobre seu cunhado so tinha visto as fotos, é verdade a morte é algo avassalador mesmo que nos tira de nossa zona de conforto e nos leva a realidade da vida e nos lembra de que nosso tempo é curto! por isto não se entristeça por seu cunhado pois como você mesmo falou ele era um cara muito alegre e viveu intensamente que é oque importa sei que é doloroso pra nos que fiamos, mais seria muito mais terrível ter partido sem ter vivido de verdade…

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